25 de novembro de 2020

Escrever para não esmorecer

Da mesma forma que o músculo de um braço não exercitado fica fino, o cérebro (também um músculo), pode esmorecer (v. enfraquecer, entibiar, afrouxar) e fazer com que a cognição do homem se perca.

Mas não este homem aqui.

Lembro o dia que saquei minha caixa de Marlboro vermelho (não fumava de maço por indicação do Bira) e não encontrei um tabaco lá inserido que fosse. Aproveitei o ensejo pra ser tomado de preguiça e jamais descer à padaria para adquirir o câncer em barras.

Quando o pai do Bira faleceu, lembro deste me dizer que seu genitor se encontrava internado em hospital da capital ao lado de um senhor que dizia despretensiosamente: Por que levas os pregos do teu caixão dentro desta caixa?

Isso me fez pensar bastante sobre o que andava fazendo com meus pulmões, já inibidos de estímulo por excesso de preguiça.

Minhas memórias também não me traem - Na época em que prorroguei minha lenta morte com uma decisão difícil na época, algumas circunstâncias daquele período me ajudaram na batalha. São tão pequenas e entediantes, que acho relevante dizer que para parar de me matar fumando, foi preciso um conjunto de fatores, um somatório de detalhes e mais um punhado de amadurecimento.

Pode ser a questão financeira para alguns, a vida em família para outros ou até mesmo a auto estima para tantos.

Sobre saúde o que importa é o resultado, e não o meio.

9 de novembro de 2016

Notícias do violão

Esta postagem é apenas para registrar que encontrei meu violão.

Estava na casa da minha sogra.

Pois é.

14 de agosto de 2013

Música

O primeiro grande contato com a música que eu tive foi após um clipe do Djavan, em que ele próprio tocava saxofone. Acho que foi no dia (ou minuto) seguinte que eu pedi aos meus pais que me comprassem aquele instrumento dourado que soava maravilhosamente bem. Então meu pai resolveu me dar um sax, alto.

Lá estava eu, na altura dos meus 11 ou 12 anos, tocando na banda marcial do Colégio Marista todo dia 7 de setembro. Aquilo massageava meu ego, pois eu via as mães das - e o mais importante, as - meninas que eu gostava surpresas com aquele metro e meio de puro tesão manejando um instrumento sexy!

Como todo adolescente é um pouco de Mario (passa por fases), o sax começou a perder aquele brilho inicial (literalmente) e eu comecei a querer cantar junto com as músicas que eu tocava. Então meu pai resolveu me dar um violão, de nylon.

Até recentemente meu violão ainda tirava um dos melhores sons que eu conseguia tirar. Mesmo com a insistência do meu pai em me dar outros violões, com cordas de metal, eu sempre preferi aquele pela sonoridade gostosa e confortável de tocar meus MPBs preferidos.

Não deve fazer um ano que um dia de bebedeira mudou minha vida. Meu primeiro violão sumiu. Tenho apostas onde ele possa estar, mas estaria arriscando muito alto por algo que talvez não valha a pena. R.I.P. violão.

Em tempo: Hoje tenho lá em casa 1 saxofone, 1 violino, 1 guitarra (doei recentemente), 3 violões, 1 gaita de boca e 1 viola. Nunca tive teclado/piano. Vou botar na lista de casamento.

9 de fevereiro de 2012

Dúvida existencial

Sabe quando você se acomete de questões fundamentais para o decorrer da vida, do tipo "o que eu faço aqui?", ou a famosa "qual o sentido da vida?"?

Pois.

Estava eu comendo uma comida mineira baluda (só vai entender a expressão quem conhecer Criciúma... E nem adianta pesquisar no Google) quando me dei conta, olhando o cartão de débito ser inserido no leitor, do problema que me persegue a vida inteira.

O meu nome completo é Rodrigo da Silva Sakae.

Eu nunca, nos meus 28, quase 29, anos de vida, descobri como se escreve, se denomina ou se grafa o "da".

Talvez eu devesse me chamar Rodrigo Da Silva Sakae, sendo o "Da" parte do importante legado da família da minha mãe e que meu pai gravou na minha certidão de nascimento.

Talvez eu abolisse e me chamasse Rodrigo Silva Sakae - O que, aliás, já aconteceu com minha irmã Juliana Silva Sakae desde o seu registro em 85.

O que diabos é isso? Um nome? Um advérbio aditivo - Se é que existem advérbios aditivos? Ou seria apenas um eterno recado dos meus pais pra que eu sempre exerça o hábito de questionar o futuro da minha vida e continue tentando descobrir o porquê d'eu estar aqui na Terra?

O Zé Dassilva que não é bobo e juntou o tal "da" com o Silva dele. Talvez eu deva fazer o mesmo e me tornar parente dele. Daí só faltaria ter um décimo da habilidade a desenhar que ele tem.

O que, aliás, também me incomodou a vida inteira.

5 de novembro de 2010

Hondaterapia

Descobri que meu blog é o primeiro resultado para "Rodrigo Sakae" no Google. Nada mais justo dar uma atualizada.

Minha Sahara foi vendida ainda em março desse ano (mesmo mês da postagem abaixo) para um cidadão rio-grandense. Suponho que a motoca esteja dando umas voltas perto da fronteira com o Uruguai a esta hora.

Em abril, comprei essa Honda CB300R dourada aí debaixo, que estou tratando como se fosse um filho. Obviamente meu filho já está riscado e sujo de tanto brincar, mas isto são marcas de batalha que não podemos evitar.


Esta foto foi tirada na Beiramar Continental (Estreit0) de Florianópolis (SC) em maio/junho desse ano. Vou atualizá-la e mostrar como minha moto mudou (incluindo capacete) e as obras da via continuam praticamente paradas.

13 de março de 2010

VENDO: Honda Sahara 96

Uma estradeira para viajar nos fins de semana; uma fora-de-estrada para relaxar nas estradinhas de terra ao redor do sítio e uma urbana para ir e voltar do trabalho todos os dias. A Honda NX 350 Sahara é isso mesmo: três em uma.

Desde que foi lançada, em 1990, em substituição à XLX 350R, a Sahara mostrou-se uma interessante opção para quem quer uma moto versátil capaz de enfrentar várias situações, sem exigir uma pilotagem profissional. Motor elástico, suspensões de curso longo, economia de combustível e boa velocidade são as, qualidades desse modelo, que tem ainda importante item de conforto: partida elétrica.

Motor com 31,5 cv a 7.500 rpm e torque máximo de 3,13 kgf.m a 6.500 rpm, com um consumo médio na cidade de 20,3 km/litro.

Muito confortável em viagens longas.

Esta moto Sahara é ano 95, modelo 96, está em bom estado de conservação (veja as fotos ao final da postagem), está com 60 mil km rodados, motor com revisão anual, documentação em dia (nenhuma dívida!) e vem com baú/bagageiro da Traffic.

É bom lembrar também que não está gastando 1 gotinha de óleo (sempre uso óleo Mobil Super Moto 4T), a motoca está andando muito!





Clique nas imagens para ver melhor.

Entre em contato (pelo endereço rsakae arroba gmail ponto com) ou telefone (48) 99958715 para fazermos negócio (aceito troca).

5 de março de 2010

Palavrão em petição

Como diz o Chicuta, estou escrevendo pros meus dois leitores (beijo mãe, beijo pai) algo que comentei no meu Twitter dia destes (mais conhecido como hoje): O fato de ter usado um palavrão numa petição.

O palavrão que me refiro é no sentido literal, pois trata-se da (considerada pelo Guiness há algum tempo atrás) palavra mais comprida da língua portuguesa: Inconstitucionalissimamente.

Óbvio que forcei pra botar ela, pois passei 5 anos na faculdade de Direito sonhando com este momento. Se sonho baixo, aí eu discuto com a minha psicóloga.

Trata-se de um pedido de Liberdade Provisória para um acusado de tráfico de entorpecentes (art. 33 da Lei 11.343/06), algo inimaginável devido à presença de vedação legal à liberdade, fiança, indulto, graça, anistia (..pão, água etc..) aos processados por comércio ilegal de drogas.

Mas cola, vai por mim. Já decidiram neste sentido o STJ, o STF e o TJ/SC. Não sei quanto aos outros, mas provavelmente o Tribunal gaúcho deve ter sido o pioneiro, pra variar.

Inobstante a Lei 11.343/06 trazer em seu corpo (mais especificamente em seu artigo 44) a negativa de liberdade provisória para o delito de tráfico, este dispositivo vem sendo reiteradamente derrubado junto aos Tribunais, pois que inserido na legislação pátria inconstitucionalissimamente, eis que trazido ao cabo do efeito social do aumento da violência e uma resposta dos legisladores para a sociedade.


Viu como encaixou direitinho?